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Phyros X Alam. – Capítulo 4



No final daquele mesmo dia Alam estava de volta a seu lar, triste porque perdera sua espada que o acompanhara em tantas e tantas batalhas, triste porque provavelmente teria que se tornar inimigo de seu mentor; em seu interior pensamentos distantes ainda repetiam a mesma sequência de uma só palavra, “vingue-se”, diziam eles. Triste ainda porque era a primeira vez em mais de dez anos que teria de dirigir a si mesmo, mas feliz porque tal qual fênix ele ressurgiria das próprias cinzas mais forte e renovado, não sabia como, mas tinha certeza que seria dessa forma.
Em sua casa Alam em primeiro lugar quis verificar se tudo estava de acordo com o que ele tinha deixado dias atrás; após trocar de roupa retirando aquelas dadas por seu mais novo conhecido ele recolocou seus costumeiros trajes, sempre se vestia muito bem e naquele dia não seria diferente. Seu terno negro com a gravata vermelha e abotoaduras de ouro branco contendo suas iniciais; “A.S.P”. Durante os anos servindo aos propósitos de Draek, Alam acumulou além de renome entre os magos de várias partes, também uma considerável soma em dinheiro, uma verdadeira fortuna que abria portas em todos os círculos sociais que resolvesse frequentar. Já havia várias vezes almoçado e debatido sobre temas políticos com o presidente do partido conservador local e também com membros importantes de governos estrangeiros, incluindo entre eles autoridades governamentais brasileiras; claro que estas pessoas não sabiam estar lidando com um membro de uma casa de magia cujo principal objetivo era ganhar espaço político na cidade. Alam aprendera algo que sempre fez questão de colocar em prática, e era estender sua influência ao máximo de pessoas e lugares que pudesse.
Já trocado e pronto olhou para a bíblia que trouxera do subúrbio onde ficava a casa de Ramos, abriu e leu outro verso ainda lembrando do primeiro que leu logo pela manhã. Alam não sabia, mas tudo o que ele acreditava estava ruindo como uma grande torre em meio a um terremoto e quanto mais ele lia aquele livro mais dúvidas se erguiam em seu espírito, como enfrentaria os próximos desafios se não estivesse em unidade consigo mesmo.
Palavras tais como “e conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará”, e, “Eu serei contigo”.  
Estavam causando um grande “estrago” em seu interior, mas sua vida foi propriedade da ordem por tanto tempo que os conceitos aprendidos em todos aqueles anos se digladiavam de forma titânica em sua mente.
Na garagem, chegou até seu carro e mesmo sem saber o motivo o jovem mago levou a bíblia para dentro dele, dando a partida saiu em velocidade; a Ferrari vermelha conversível rugiu como um trovão e respondeu ao chamado imprimindo velocidade que deixava os outros automóveis como meros brinquedos. Seriam cerca de vinte minutos de sua casa até o labaredárium, o vento passava velozmente por sua face e o jovem intentava ligar para Cortez, queria vê-lo antes de se apresentar vivo diante de Donovam. De repente algo aconteceu, algo que os transeuntes gostaram de ver. Como se não bastasse à máquina italiana devorando o asfalto, outra ainda superior em velocidade surgiu “rasgando a realidade” na sua frente, quase se chocaram, mas um movimento rápido ao volante por parte de Alam evitou o acidente que com certeza seria terrível.
Ele conhecia aquele carro e era o último carro que gostaria de ver, o Bugatti Veyron vermelho cujo dono era seu mestre, o veículo que é uma lenda entre os carros parecia algum tipo de besta da mitologia desfilando força e velocidade tal que nem mesmo a poderosa Ferrari poderia acompanhar. Por um pequeno espaço de tempo os carros duelaram como se fossem uma continuação do combate travado dias atrás na sala vermelha até que ambas alcançaram o centro financeiro da cidade e entraram num edifício garagem subindo um ao lado do outro até quase a cobertura. Era claramente um desafio, porém, muito precoce e deveria ser evitado a todo custo.
Os veículos pararam frente a frente e foram desligados quase que simultaneamente, a porta da Ferrari se abriu, mas seu ocupante permaneceu sentado lá dentro.
“Ele não vai quere batalhar comigo aqui nesse lugar”_ Pensava o mago._ sobretudo conjurando a natureza.
 A verdade era que ainda não estava pronto para um confronto tão exaustivo quanto o último; a porta do lado do carona se abriu no Buggatti, e outra pessoa apareceu; não era o seu mentor e sim Phyros conhecido dentro da ordem como o carrasco; seria muito pior, as coisas estavam realmente ruins agora. Em seguida saiu pelo lado do motorista o homem que almejava o poder absoluto, Donovam.
Alam se levantou e deixou seu carro também, colocou-se onde seus “companheiros” podiam vê-lo melhor, à frente da Ferrari. O ar pareceu congelar tamanha foi a tensão gerada por aquelas pessoas e finalmente o clima foi rompido com uma pergunta do mentor para o aluno.
_ Você ainda está comigo arauto?_ Donovam moveu-se para frente do Buggatti calmamente apoiando-se numa bengala e esperou a resposta.
O jovem estava inseguro e todas as palavras pronunciadas sobre aquela maldita guerra interna desde Cortez até Adalberto Ramos explodiram de uma só vez na mente dele.
_ Don!_ iniciou_ Espere mais um tempo, dê-me mais alguns dias para saber como podemos fazer a unificação das casas de forma mais pacífica.
A ponta da bengala bateu contra o chão e o som de metal ressoou pelo estacionamento ao passo que Draek insistiu.
_ Eu perguntei se você ainda está comigo aprendiz?
“Como posso estar com você se você quebrou minhas asas” Pensou Alam mais não disse; referindo-se primeiro ao embate travado por ambos na torre vermelha e segundo porque se o carrasco estava ali então Donovam já tinha convencido os mestres de que ele era uma ameaça, pelo menos àqueles em quem possuía influência.
_ Não posso apoiar essa loucura!_ falou aumentando pouco mais o tom de voz_ Já foi tentado antes e os resultados foram dissoluções e confrontos internos que tocaram os portões dos mais altos círculos, incomodando até mesmo os mestres antigos de outrora.
Agora foi a gargalhada que inundou o local, e Alam prestou atenção no outro mago parado junto ao carro atrás de seu mestre, ele permanecia parado de cabeça baixa, imóvel como uma gárgula. Suas roupas eram negras como a noite e o casaco colado ao tórax revelava uma musculatura forjada em incontáveis batalhas, segundo os boatos dos próprios membros. Contava-se que Phyros descendia de um clã nômade antigo que salvo algumas exceções já havia sido exterminado, falavam os mais medrosos que os antepassados dele pertenceram aos povos do mar, indo-Europeus que tentaram invadir o Egito muitos séculos antes da era romana em cujo meio estavam guerreiros chamado de gigantes; verdade ou não, o fato era que Phyros possuía dois metros e dez centímetros de altura e um físico dos mais avantajados e trabalhados dentre os soldados da ordem, freqüentemente era enviado para combater resistências contra o conselho dos mais antigos ou para atuar como guardacostas de membros de classes elevadas, a propósito, o próprio Vesúvio teria encontrado ele em terras nômades do oriente e o tutelou; afinal, Donovam já tinha sido apresentado como mago. Um mestre um aluno, dizia a lei.
_ Não há tempo para ponderações jovem Alam_ disse Donovam aumentando também o seu tom de voz para responder a provocação_ O tempo agora é nosso inimigo, aqueles velhos que se assentam em tronos tentando disfarçar sua senilidade não têm mais autoridade para governar uma ordem tão antiga e poderosa quanto esta, nós somos o futuro e aqueles que não estão de acordo podem cair defendendo suas idéias ou nos servir de escravos quando terminamos a unificação das casas do fogo sobre a bandeira de Donovam Draek._ fez uma pausa encarando o outro e em seguida recomeçou._ Cortez é um tolo que contaminou você com suas idéias de manter tudo como está, mas você já viu que nossos inimigos ao redor do mundo já começaram suas unificações, magos de toda a terra estão unindo-se sob as mesmas bandeiras, buscando fortalecimento.
“Somente as casas menores estão tentando unificar para ganhar representatividade e visibilidade no cenário mundial, grandes escolas nunca conseguiram tornar-se uma só, as diferenças culturais são muitas de povo para povo. Donovam enlouqueceu, a sede de poder cegou-lhe”. Disse Cortez em certa ocasião.
_ Não vai acontecer Draek_ disse cerrando os punhos_ e já que não consigo convencê-lo então lutarei sob minha própria bandeira. Ottawa tornou-se a única cidade das Américas onde os magos concordaram em viver sob o mesmo código e obedecendo os dogmas antigos, mas você sabe muito bem que eu tive muito a ver com isso, talvez até mais do que você, e, você precisa de mim e eu não farei tal coisa em outras cidades do mundo, pois muito sangue se derramou dentro e fora dos muros da ordem para que essa “paz” finalmente acontecesse.
Donovam segurou a bengala que o apoiava com ambas as mãos e sacou uma lâmina como um sabre que era ocultado na bengala, o som do metal cortando o ar foi ouvido por todos os três.
_ Você não me serve como antes, é uma pena, vou ter que tirar algo que depositei em sua vida a custa de muito tempo e astúcia; é para isso que o carrasco está aqui. _ Donovam finalmente olhou para trás e Phyros respondeu erguendo a cabeça, era quase como uma máquina.
“Vingue-se, vingue-se, VINGUE-SE!!!” dizia a mente do jovem mago.
Os olhares de Alam e Phyros se encontraram e naquele momento começou a batalha, nenhum deles falaria nada nos próximos minutos, pois o combate seria mental, um tentaria estudar o outro, chegar o mais fundo que pudesse dentro de seu oponente e visualizar qual seria o melhor método de dobrá-lo. O ar pareceu carregar-se de energia, certamente algum deles começaria o confronto físico, as chamas interiores de ambos estavam acesas.
Donovam observava tudo atentamente, porque gostaria muito de ver como seu pupilo se sairia contra um mago que dominava outras artes que não só o caminho do fogo como era o caso do carrasco.
O duelo mental findara e um partiu em direção ao outro iriam digladiar-se corpo a corpo, Alam não vislumbrou quase nada pelas veredas da mente de seu oponente, e não sabia como vencer; cria apenas em suas habilidades como lutador marcial afinal um homem daquele tamanho todo não deveria ser tão ágil e eis que essa seria sua vantagem no confronto, usaria sua velocidade para vencer o “gigante”.
Mas que surpresa terrível foi quando nas primeiras passadas tudo rodou e a face do jovem mago chocou-se contra o chão frio do estacionamento, seu tórax doendo e o gigante parado próximo a ele reclamava contra Donovam.
_ Então este é o aluno do qual todos me falavam desde que cheguei na cidade? Aquele que seria o próximo grande mestre na linha de sucessão da casa do dragão, aquele que tomaria seu lugar quando você subisse ao trono de Vesúvio e finalmente ao trono absoluto da ordem, o arauto; para mim parece um menino, nada mais, ele possui a mente tão aberta quanto um livro sem capa. Acaso sou eu algum cão para me mandarem lutar contra um menino_ O gigante vociferava sem parar.
Donovam riu enquanto sentava-se dentro da Ferrari.
_ Paciência; fui eu quem o disciplinou, aperte-o, não tenha misericórdia.
O carrasco ergueu do chão com uma única mão seu inimigo e arremessou contra uma coluna como se seus sessenta e cinco quilos não fossem mais do que dois ou três.
_ A propósito_ Falou Draek quando achou a bíblia no banco dentro da Ferrari_ Phyros descende de uma casa de nephalins, achei que gostaria de saber nas mãos de quem você entregaria sua dignidade; ele vai humilhar você e depois pôr um fim na sua vida.
Alam se colocou de pé ereto como uma estátua e seus pensamentos tornaram-se uma única linha dentro de sua mente, ele sentiu o corpo formigar e murmurou baixo algumas palavras que não convém falar nem mesmo nesse relato, porque eram segredos que o próprio mago jurou esquecer; palavras pesadas e amaldiçoadas, vedadas aos homens de bem que devem se manter longe delas. As primeiras faíscas espocaram aqui e ali seguidas de um ruído estranho parecido com o de metal retorcendo, era a resistência natural da realidade à magia elemental invocada de forma artificial. O fogo surgiu finalmente nas mãos do jovem mago, chamas bruxuleantes que ganharam intensidade quando este assim ordenou com o pensamento.
Phyros se alegrou, porque nunca havia conseguido trazer as chamas à existência dessa forma, porém podia domá-las como poucos sobre a face da terra, podia ser comparado tranqüilamente a nomes ilustres no cenário mundial como o Serafim; homem que supostamente residia na cidade do Rio de Janeiro e que segundo consta pertencia a sua própria vertente da ordem não compactuava com as decisões do conselho e nunca respondera a nenhuma convocação feita a ele, segundo os contos do próprio Donovam três mestres tombaram diante desse pseudo-mago Brasileiro tal era seu espírito indomável; contava-se também que a origem da magia dele não era como a dos demais e sim angelical, por isso o chamavam de Serafim. Foi por esse motivo também que Donovam foi ao Brasil dez anos atrás para buscar alguém que pudesse tutelar e encontrou Alam.
Outro nome a quem Phyros podia ser comparado era o Etna, notório membro do conselho cujo estudo do manuseio do elemento fogo superava aos outros em muito. Mas tudo não passava de especulação, nunca houve uma real comparação entre estas pessoas.
Avançando pela segunda vez contra o carrasco, Alam com os punhos em chamas atacou o mais rápido que seu corpo dolorido permitiu usando toda a técnica marcial de que se lembrava, mas seu oponente parecia algum tipo de Golem feito de uma substância rígida como aço, o carrasco evitava todos os ataques dos punhos flamejantes usando seus cotovelos e joelhos, obviamente havia sido muito bem tutelado também nas milenares artes da defesa marcial. Muai Tai, talvez.
A certa altura do embate Phyros também murmurou algo, e com um movimento de braços teceu algum tipo de desenho no ar. O que se falava sobre ele era verdade, o carrasco não era um mago e sim um feiticeiro; o fogo nas mãos de seu adversário mudou de cor e saltou para o chão como se todo o solo do estacionamento estivesse molhado por algum líquido combustível; espalhou-se, mas não eram apenas chamas comuns, elas estavam pálidas e ainda assim o calor surgiu como se estivessem dentro de uma fornalha.
_Algo ocorreu com você_ gritou Donovam em meio ao rugido do fogo_ Suas habilidades já não o respeitam mais. Fico muito surpreso que depois de tantos anos, agora você tenha se voltado para isso_ ergueu a bíblia e deixou a mostra_ Depois de ter visto a verdade, mostrei-lhe desde o primeiro dia que essas pessoas, são sem força, crêem no que querem, não há força por trás deles, apenas uma filosofia sem nenhum nexo. Como você me decepcionou, eu tinha planos para nossa ascensão.
O fogo queimava-lhe as mãos sem que o pudesse reduzir, obviamente já estava sob a influência de Phyros que agora parado junto a uma coluna apenas olhava fixamente em seus olhos. Alam jazia dentro de um círculo e lentamente perdia os sentidos, sentia um tremendo mal estar, o calor o importunava como nunca antes e tudo que se lembraria ao acordar seria do grito agonizante que se desprendeu de sua garganta, e das chamas ao seu redor antes de desmaiar.
Antes de deixar o local Donovam como que brincando ainda encontrou tempo para ler um trecho que por “acaso” chamou sua atenção:
Faltar-me-ia o tempo contando de Gideão, e de Baraque, e de Sansão, e de Jefté, e de Davi, e de Samuel e dos profetas, Os quais pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, ‘Apagaram a força do fogo’,_ balançou a cabeça negativamente_ escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fuga os exércitos dos estranhos._ disse rindo escancaradamente, e concluiu_ Talvez você deva se juntar aos que acreditam nessas sandices, mas se mudar de idéia quanto a estar do meu lado sabe onde me encontrar; vou ficar no palácio do dragão.
***
 Eu estava conversando com alguns amigos e membros mais chegados após a reunião da tarde, dando aconselhamentos acerca de como podíamos viver uma vida plena; pura e simplesmente observando as dicas que estão listadas nas Escrituras Sagradas, quando ele entrou na igreja. Em princípio fiquei feliz porque minhas palavras dias atrás não haviam sido em vão, mas logo percebi que ainda precisava de ajuda, pedi licença dos que estavam comigo e fui interceptá-lo antes que chegasse à metade do salão, a cada passo que eu dava em sua direção notava o quão angustiado estava o semblante daquele pobre jovem, era como se ele estivesse carregando toneladas sobre os ombros e logo que nos encontramos, ele cambaleante deixou que faltasse força nas pernas e caiu sentado, tentei segurá-lo, mas o máximo que fiz foi abaixar-me com ele. Em prantos e abalado por completo Alam me contou o que tinha acontecido no estacionamento dois dias atrás, e que desde então uma seqüência de acontecimentos ruins sucederam-se para atormentá-lo.
_Não quero mais nada disso!_ exclamou _ só quero estar em paz, comigo e com o mundo.
As lágrimas rolavam como uma torrente e os soluços as acompanhavam. Ele prosseguiu:
_ Tudo que me restou foi esse livro_ falou mostrando a Bíblia que trazia na mão_ você pode me ajudar? Estou confuso, sinto-me como um morto-vivo.
Sim, a felicidade retornou ao meu coração quando ouvi tais palavras, porque desde que o retirei das águas do Rio eu sabia que ele não pertencia mais ao mundo em que vivia.
_ Alegre-se meu jovem_ eu disse sorrindo_ Não posso lhe ajudar de mim mesmo, mas vou te apresentar quem pode.
A conversa que se seguiu foi a mais proveitosa que tive com alguém sobre as Escrituras Sagradas na vida, algumas coisas ele deveria saber e essa era a hora mais oportuna então não fiz nenhuma cerimônia:
_ Não me importa o que você fez na vida antes de nos conhecermos, e ao meu Deus também não importa; o que realmente importa é que você foi perdoado, pode levar uma vida nova com sua consciência tranqüila, livre de qualquer tormento_ Iniciei.
Ele balançou a cabeça negativamente já tentando se recompor e respondeu.
_Estou farto de religiões, seitas, ordens ou qualquer coisa desse tipo. Nem sei se estou certo em vir procurá-lo.
A verdade é que anos depois dessa conversa Alam me contou que tinha ido me procurar porque não queria ser visto por mais ninguém, principalmente pelas pessoas da alta sociedade com quem se relacionava constantemente e também porque quando saiu daquele edifício garagem e voltou para casa passou dois dias sem sair, somente pensando nas coisas que ocorreram e uma vontade recorrente permanecia em seus pensamentos. A vontade de me ouvir falar da bíblia.
Para ilustrar o que ele me disse vou usar suas próprias palavras: “foram os piores dias que vivi, mas lembrei do que você me falou; Quando a tempestade passar, olhe para o céu e verá que Ele já olha para você há muito tempo.” Esse era o seu momento de decisão.
Eu por outro lado havia feito uma promessa e estava pronto para cumpri-la.
_ Diga-me segundo o seu conhecimento. _ começou Alam._ Como faço para mudar de vida? Para retirar de sobre mim esse peso que sinto em meu coração?

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